O ambiente de trabalho pode provocar a exposição do trabalhador a diferentes riscos ocupacionais. Um deles é a exposição ao ruído, que pode provocar a perda auditiva.
Como forma de reduzir ou eliminar este problema, há o PCA, que visa prevenir a perda auditiva relacionada ao trabalho e evitar quedas na produtividade do trabalhador. Trouxemos hoje, o que é o Programa de Conservação Auditiva e como elaborar um dentro da sua organização. Boa leitura!
O que é o Programa de Conservação Auditiva?
O Programa de Conservação Auditiva (PCA) é uma abordagem sistemática e preventiva adotada por organizações para proteger a saúde auditiva dos trabalhadores expostos a níveis elevados de ruído no ambiente de trabalho. Como qualquer programa de saúde e segurança no trabalho, o PCA deve ser contínuo e implementado em todos os setores da empresa que a pressão sonora ultrapassar 85 decibéis (dB), limite estabelecido pela Norma Regulamentadora 15 (NR 15).
Seu principal objetivo é prevenir a perda auditiva induzida por exposição ao som excessivo, que pode resultar de atividades laborais que envolvem máquinas, equipamentos ou ambientes ruidosos.
Qual o papel desse programa para a segurança do trabalho?
Por ser uma das responsáveis por diminuir a exposição ao ruído, o PCA tem importante papel para a segurança do trabalho.
Ao identificar e mitigar os riscos relacionados à exposição prolongada a níveis elevados de ruído, o programa contribui significativamente para a prevenção de danos auditivos e, por conseguinte, reduz o impacto negativo na qualidade de vida dos trabalhadores.
Além disso, a implementação de medidas preventivas, como a disponibilização de equipamentos de proteção auditiva e a conscientização por meio de programas educacionais, demonstra o comprometimento da organização com a segurança e o bem-estar de seus funcionários.
Quando o PCA é obrigatório?
Como falamos acima, o PCA deve ser elaborado sempre que for identificado ruídos acima de 85 decibéis (dB) no ambiente de trabalho. Dessa forma, como forma de garantir sua obrigatoriedade, a Norma Regulamentadora 07 (NR 07) estabelece a elaboração e implementação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
A norma estabelece, ainda, diretrizes e parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamentos da audição nos trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados.
Quem pode fazer o programa de conservação auditiva?
O programa deve ser desenvolvido por profissionais que tenham conhecimento sobre os componentes do PCA. Entre os profissionais que podem estabelecer os procedimentos, estão:
- engenheiros de segurança no trabalho;
- técnicos em segurança do trabalho;
- fonoaudiólogos;
- médicos do trabalho;
- enfermeiros do trabalho.
Qual a validade do Programa de Conservação Auditiva?
O prazo de validade do PCA é indeterminado, entretanto recomenda-se que seja feita uma avaliação anual do programa ou quando houver mudanças estruturais que impliquem alterações na exposição ao ruído. As avaliações periódicas dos níveis de ruído no ambiente de trabalho, a revisão e atualização das medidas de controle são essenciais para garantir sua eficácia.
Como montar um programa de conservação auditiva?
Por envolver uma abordagem sistemática e cuidadosa, a DILI trouxe um passo a passo de como montar um Programa de Conservação Auditiva (PCA) dentro da sua organização.
Identifique os riscos do ambiente de trabalho
Antes de implementar qualquer programa de saúde e segurança no trabalho dentro de uma empresa, é fundamental identificar os riscos do ambiente de trabalho. Para isso, uma boa dica é perguntar aos empregados se eles conseguem conversar normalmente a meio metro de distância, se o ruído atrapalha suas atividades ou se percebem zumbidos.
Além disso, devem ser coletadas algumas informações, como:
- identificação das fontes ou circunstâncias;
- descrição de riscos gerados pelos perigos;
- indicação dos grupos de trabalhadores sujeitos a esses riscos;
- descrição de medidas de prevenção implementadas.
Avalie o nível de exposição ocupacional
Além de identificar os riscos, deve-se avaliar o nível de exposição ocupacional. Para realizar essa avaliação, é necessário conduzir medições precisas dos níveis de ruído presentes nos diversos setores e processos de trabalho. Isso pode ser realizado por meio de equipamentos de monitoramento acústico, como decibelímetros.
Realize audiometrias
Como forma de garantir a saúde de todos os colaboradores, é preciso realizar audiometrias em seus exames ocupacionais. Este exame deve ser feito desde o admissional e em todos os periódicos para que a situação da audição seja acompanhada rotineiramente.
Desenvolva medidas de proteção
Outro passo importante é desenvolver medidas de proteção dentro da empresa. Após identificar as áreas e situações com níveis elevados de ruído por meio da avaliação ocupacional, deve-se implementar estratégias eficazes para reduzir a exposição dos trabalhadores.
Essas medidas podem incluir a adoção de soluções de engenharia, como a modificação de máquinas ou a instalação de barreiras acústicas, visando à diminuição dos níveis de ruído no ambiente de trabalho.
Capacite os trabalhadores
Todos os trabalhadores devem estar cientes do ruído que pode ocorrer em seu ambiente de trabalho e para isso, devem ser feitos treinamentos educativos. Essa capacitação não apenas aumenta a conscientização dos colaboradores, mas também promove uma mudança de comportamento, incentivando práticas seguras no ambiente de trabalho.
Os treinamentos devem abordar temas como a correta colocação e ajuste dos Equipamentos de Proteção Auditiva (EPAs), a frequência de monitoramento auditivo, e a importância da participação ativa na preservação da própria saúde auditiva.
Forneça EPIs e Implante EPCs
Por se tratar de um risco mecânico que se dá através das ondas, os ruídos não são riscos difíceis de serem controlados. Entretanto, ainda é importante fornecer EPIs e implantar EPCs. Para isso, forneça protetores auditivos eficientes e em perfeitas condições, além de instalar isolamento acústico em máquinas e locais que forneçam ruídos.
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